LÁGRIMAS PARA O ALÉM!

Mamãe! O teu choro continuado e, com pausas de um lamento triste e articulado, me faz penar e pensar que a minha morte não terá fim, muito embora, agora, saiba que tenho a vida eternamente!Por aqui, sou muito mais feliz do que todos os viventes do universo! Na minha atual e recente vida astral etérea, me faz recordar de que, aí, só tinha uma vida de pouco tempo para ser aproveitada integralmente e, compartilhada com vocês, ao passo que, nesta minha atual existência, Ela é consistente e... Eterna!Só as suas lamúrias e choros têm perturbado a minha felicidade, hoje, quase plena, pois, a cada lágrima vertida pelos seus olhos maternais, o meu espírito e alma ficam enciumados e penando pelos portais que ainda tenho que ultrapassar.Portais que, agora, nos separa, por você ainda estar lacrada na matéria que a conduz pelos “caminhos” da sua vida. Quando conseguir a délivrance da carne. Nós, unidos, viveremos em plena luz!Mamãe! Você fez quase de tudo por mim, até o que parecia inverossímil, todavia, o impossível, que seria a minha retenção na vida material, só o nosso Pai Celestial poderia ter feito e... Não o fez! Com isso, minha mãe maravilhosa, a perdi, por enquanto, porém, ganhei por nova mãe a dulcíssima Maria, genitora do nosso Salvador. Quando você vier para cá, seremos irmãs, pois, juntas, teremos por mãe a Santa Maria, assim, passaremos a ser, também, irmãs do amado Jesus Cristo!
Comungando com o meu texto, apresento a vocês um meu poema inédito, dirigido a todas as mães que perderam filhos (as) para a eternidade do espírito:
LÁGRIMAS!
Mamãe, não chore por mim!
Não lamente nem fique triste,
A morte da vida não é o fim,
Pra mim, ela, eterna... Existe!
Sou mais feliz do que vocês
Em minha atual existência,
Por aí, só vivi por uma vez,Aqui...
Existo em consistência!
A cada lágrima derramada
Dos seus olhos maternais,
Minha alma... Enciumada!
Fica penando pelos portais.
Portais agora nos separando
Da matéria que você conduz,
Quando dela for se livrando,
Viveremos juntos... Na luz!
Para mim, foi feito o possível,
O impossível só Deus poderia,
Perdi você, minha mãe incrível!
Mas... Ganhei por mãe: Maria!
Sebastião Antônio Baracho

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