CARÊNCIAS... ÚTEIS !

Todos nós (animais e/ou, minerais), sempre, temos alguma DEPENDÊNCIA de alguma coisa material ou, não! Às vezes, essa CARÊNCIA vem de algo, comumente, menos importante do que aparentamos ser.
O Ser humano é um aglomerado de deficiências, de entremeio com a sua magnitude, o mesmo ocorrendo com os animais irracionais e, até, com os minerais.
A grandeza ou, o apogeu humano, se situa, exatamente, na sua capacidade de equilibrar às suas dependências com a magnitude, daí, extraindo o seu “modus-vivendi” para se destacar, com mérito, dos demais incapazes de fazerem tal equilíbrio, assim, dentre Eles, surgem os “Grandes Homens” e, os... Parvos!
Muita das vezes, as dependências que nos sujeitam, pelos caminhos da vida, vêem de coisas simples e, até inexpressivas, tais como:
—Dependermos das bateias de madeira e peneiras para extrairmos o diamante e o ouro!
—O sexo feminino precisar do Batom para se embelezar um pouco (ou muito) mais!
—Um Baú de madeira para resguardar os nossos bens em geral!
—Um Juiz, no apogeu do seu cargo, ter que vestir uma Beca de pano diversificando o seu valor, ou, valorizando-lhe o cargo.
—Os generais e oficiais superiores, ter que trajar um uniforme de pano com estrelas de pouco valor monetário.
—Os Beiços expostos a desfigurar as comissuras dos lábios.
—O Beijo, como inicial e/ou, vestibular para o ápice do amor sexual entre os casais.
—Os Beirais dos telhados a amenizarem a arquitetura dos prédios.
—As Bênçãos, como iniciação de contato com a Divindade!
—A Bengala, como suporte a fim de amparar o físico dos seus portadores!
—A Bíblia, um livro, administrando e, orientando aos fiéis a caminho de Deus!
—Os Binóculos, nos permite, estando perto, observar, detalhadamente, os horizontes mais distantes!
—A Blasfêmia, a azucrinar as religiões e pessoas honradas, lhes imputando injustiças, é “um mal necessário” que dignifica a pessoa, por ela visada, a prosseguir firme na sua trajetória a caminho da glória!
—O Blefar, no “jogo da vida”, é uma artimanha que fortifica ao vencedor, no final da refrega e, suposto embate, pois, tendo Ele as “cartas da verdade insofismável” Eliminam o Ardiloso e, as suas trapaças!
—Os boatos são uma necessidade para que a verdade se destaque em luz de reconhecimento público, sepultando, no esquecimento, os boateiros.
—O Bobear, pernoita nos portais da sabedoria, sem que lhe seja permitida a ultrapassagem e, faz parte, no itinerário ao apogeu, para o equilíbrio final do viajante, pelos meandros da vida.
—Os Bocados, são ínfimos em tamanho, porém, é um contra gotas para o acúmulo desejado ou, a vitória almejada na caminhada pela vida.
Vou parar por aqui, pois, como demonstrei, às coisas simples e comuns, servem para nos nortear, a caminho do ápice e/ou, da felicidade plena, se referindo, apenas, a alguns vocábulos da “B”. Imaginem se fossem utilizadas todas as letras do abecedário!
A seguir, um poema, de minha autoria e, correlato ao texto acima:
Oh, quanta lamúria
Neste vale insano,
Glebas de penúria
Num mundo tirano!
Seres sob desdita,
Afoitos, carentes,
Humanidade aflita
Jugos pendentes!
Oh! Cegos lamentosos
Tolhidos de bondade,
Olhos vis, enganosos,
Sepulcro da verdade!
As dicas da fortuna
Têm logo seguidores
E, em hora oportuna,
Castram os valores!
A carência governa
Em todo recanto,
A dependência supera
O temor do pranto,
A traição aflora
Do lodaçal da ira,
Ela, ao bem, explora,
Usando a mentira!
A maldade é premiada
Em farras de bacanal
Pela escória dotada
De instintos do mal.
O dia fica amordaçado
Na cripta da sujeira,
Seu valor é triturado,
Sua luz é passageira.
A luz da verdade pura
É tímida e constante,
Não brota na secura
Da alma do farsante,
Ela só é alimentada
Por amor e bondade,
Ficando sedimentada
Se não houver igualdade.
Sebastião Antônio BARACHO.
Fone: (31) 3846-6567

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