Predio implode

Uma sirene foi acionada por três vezes antes da implosão – às 9h, 9h30 e 9h55 -, para alertar a comunidade e os envolvidos no evento. Às 10h, finalmente soou o toque contínuo, e houve a implosão.



Vazio desde novembro do ano passado, o imóvel não tinha problemas estruturais, segundo a empresa Hochtief, contratada para fazer a implosão. A operação foi a alternativa escolhida pelo novo proprietário para a construção de um novo edifício no terreno, diz a Hochtief.



Para a implosão, uma área de 150 metros em torno do edifício teve de ser esvaziada, incluindo 11 vias entre as ruas Arandu e a Sansão Alves dos Santos. A região é ocupada por prédios comerciais, mas há dois prédios residenciais e algumas moradias térreas. Ao todo, cerca de 300 pessoas tiveram de sair de casa. Elas devem ser autorizadas a voltar a partir das 11h.


Foto: Reprodução/TV Globo
Prédio ocupava nº 1.400 da Av. Eng. Luís Carlos Berrini há 30 anos. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Trânsito

A previsão é que tráfego na região, fechado por volta das 8h30, seja liberado por volta das 11h. No sentido bairro, o trânsito está interrompido na altura da Praça General Gentil Falcão. No sentido Centro, a interdição ocorre junto à Rua Arizona.



Para quem precisa seguir em direção ao Centro, a alternativa é seguir pela Rua Arizona, virar à esquerda na Rua Conceição de Monte Alegre, pegar a Rua Guararapes e depois virar à esquerda para retornar à Berrini.



No sentido bairro, a alternativa é passar pela Avenida Padre Antônio José dos Santos, seguir à direita em frente até a Rua Guaraiuva, à direita na Avenida Jornalista Roberto Marinho e retornando para a Avenida Chucri Zaidan, que é continuação da Berrini.



Os motoristas foram orientados por placas a não estacionar no local. Há cavaletes instalados em todas as ruas próximas.

Foto: Roney Domingos/G1
Roney Domingos/G1
Operário coloca explosivo dentro da coluna de concreto (Foto: Roney Domingos/G1)
Explosivos

Às 17h de sábado (16), a empresa responsável pela operação finalizou a colocação de 100 kg de explosivos em 400 pontos da estrutura do prédio. Os operários colocaram explosivos em 400 pontos diferentes concreto.



A detonação foi realizada a partir de uma central localizada na Praça James Maxwell, distante 200 metros. O engenheiro Manuel Rios explicou que os pontos de detonação são
Foto: Roney Domingos/ G1
Roney Domingos/ G1
Explosivo e fios são empurrados para a raiz da coluna de concreto (Foto: Roney Domingos/ G1)

interligados por dois fios: um azul, altamente explosivo, que se desintegra por inteiro a 6,8 mil metros por segundo. E um cor de cobre, que carrega espoletas explosivas acionadas por energia conduzida a mil metros por segundo.

Os operários passaram o sábado colocando os explosivos interligados aos fios em furos de 80 centimetros feitos no concreto. Após a instalação, os explosivos foram empurrados com cabos de madeira até a raiz do concreto. A previsão era que toda a detonação ocorresse de forma sincrônica, como em um balé, para que a estrutura caísse por inteiro.

O prédio recebeu telas de proteção para impedir o lançamento de destroços. Os edifícios vizinhos também foram protegidos. Uma tela instalada no canteiro central da Berrini busca impedir que os destroços fossem lançados para frente. Durante toda a noite de sábado (16), uma equipe de segurança da empresa vigiou o local, com apoio da Polícia Militar.

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